Finlândia quer instituir aulas de programação no ensino primário

Ministro do país nórdico admitiu que ensinar às crianças princípios básicos de programação pode fazer a diferença no futuro.

É uma notícia que, um dia, pode ser vista como premonitória em muitos países. Responsável por um dos sistemas de ensino mais respeitados e seguidos do mundo, a Finlândia planeia dar mais visibilidade a um programa pioneir iniciado na vizinha Estónia e começar a dar aulas de programação a crianças do ensino primário.

A revelação foi feita ao "Mashable" pelo ministro dos Assuntos Europeus e Comércio Estrangeiro, Alexander Stubb, que defendeu as vantagens que tal decisão pode vir a trazer no país sem deixar de realçar que ainda não se trata de uma ideia definitiva: "As crianças já nascem como nativas da tecnologia e, quanto mais cedo entrarem nesse mundo, melhor. Começa com jogos e familiarizarem-se com aparelhos eletrónicos e a programação pode ser uma grande parte deste processo.

O objetivo não é que os alunos sejam logo capazes de desenvolver aplicações móveis e programas informáticos, mas antes, que ganhem bases sólidas de conhecimentos digitais o mais cedo possível, uma vez que a Finlândia está "sempre à procura de formas de inovar o seu sistema de ensino".

Recorde-se que em 2012, a Estónia lançou um programa de âmbito semelhante em 2012, com 20 escolas de todo o país a testarem um programa designado de "ProgeTiiger". Trata-se de um software que ensina desde lógica básica às linguagens de programação Java e C++, mas que é pouco conhecido fora das fronteiras do país.

Uma situação que pode mudar com a adopção de uma medida semelhante por parte da Finlândia, que também alberga algumas das mais dinâmicas startups do mundo, sobretudo no que diz respeito aos jogos móveis, com o Angry Birds em grande destaque. Assim, pretende-se também criar condições ainda mais atrativas para o investimento nesta área.


Fonte: www.expresso.sapo.pt